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PPR: o que é, vantagens e desvantagens.


O que é um PPR? A reforma é a altura perfeita para gozarmos o último estádio da vida, após anos de trabalho, esforço e dedicação, onde podemos finalmente dedicar-nos aos nossos passaremos favoritos, a viajar ou, simplesmente, a descansar e relaxar. No entanto, muitas vezes isso só é possível com recurso a um instrumento financeiro como um Plano Poupança Reforma (PPR), que permite poupar e rentabilizar as poupanças durante vários anos.


Mas os benefícios destas ferramentas financeiras não se ficam por aí. É que, além da rentabilização das suas poupanças, um PPR é ainda um estímulo à poupança, para não falar de todas as suas vantagens fiscais. Não quer dizer que esta seja sempre a melhor solução para o seu futuro, mas raramente é uma decisão errada. Assim, preparámos um guia muito simples, fácil e intuito sobre este tema, para poder ficar a conhecer tudo o que necessita saber sobre os PPR e o mercado financeiro.


O que é um PPR?


Comecemos então pelo início: afinal de contas, o que é um Plano Poupança Reforma (PPR) e no que consiste? PPR são assim as iniciais de Plano Poupança Reforma, uma espécie de conta-poupança oferecida pelos bancos e demais entidades financeiras tendo em vista o futuro dos seus clientes. Para isso, permitem ao investidor depositar dinheiro e reforça-lo de forma regular, a troco de taxas de juro competitivas.


Isto significa que, em vez de ter as suas poupanças guardadas, pode estar a ganhar dinheiro com elas, preparando um pé-de-meia para a sua reforma e velhice. Tendo em conta a procura que existe, o mercado financeiro tem aumentado exponencialmente a sua oferta, com produtos cada vez mais vantajosos e competitivos, o que permite ao consumidor encontrar várias opções e escolher aquela que melhor responde às suas necessidades.


Existem três regras fundamentais para começar a preparar a sua reforma : começar a poupar o mais cedo possível, de forma a poder beneficiar do efeito de capitalização a longo prazo. Além disso, é essencial que faça entregas regulares e aplicar num produto de poupança , como um PPR que proporcione uma boa rentabilidade .


Das várias opções existentes, estão os fundos de pensão , os Certificados de Reforma , os planos mutualistas destinados especificamente para a reforma , os Produtos Individuais de Reforma Pan- Europeus (designados de PIRPE) e, finalmente, os muito conhecidos Planos de Poupança Reforma (PPR).


Estes últimos, para além de exigirem montantes muito baixos, normalmente entre 20 a 50 euros, os PPR permitem poupanças diversificadas, uma vez que permitem aplicar as poupanças em ações ou obrigações , ou ambos, em simultâneo. Torna-se também bastante vantajoso por beneficiarem de benefícios fiscais , tanto pelos montantes entregues anualmente, como pelo resgate do mesmo.


Tipos de PPR.


Desengane-se se pensa que todos os PPR são iguais. Há PPR em forma de seguros , outros em forma de fundos de investimento ou mesmo de pensões . Por forma a assegurar um futuro mais tranquilo, monetariamente falando, o ideal será subscrever um produto adequado ao seu perfil de risco . Por essa razão, recomenda-se uma análise minuciosa às condições do produto e às comissões associadas .


Fundos PPR: o que são?


Estes fundos , em forma de poupança , são geridos por sociedades gestoras de fundos de investimento que investem uma percentagem do seu valor em ações . Quanto maior a percentagem em ações, maior o risco, mas também é maior a possibilidade de valorizações mais altas. Regra geral, os fundos PPR não garantem o capital .


Seguros PPR: o que são?


À semelhança dos fundos , que são geridos por sociedades gestoras de investimento , os seguros PPR são geridos por seguradoras, apresentando sempre um capital garantido e um rendimento mínimo. Contudo, há também seguros sem estas condições. O ideal é mesmo questionar a sua seguradora ou o seu banco sobre todas as condições antes de subscrever qualquer serviço.


Qual a diferença entre um Fundo PPR e um seguro PPR?


Os Planos Poupança Reforma podem ser subscritos de duas formas: sob a forma de seguro ou sob a forma de um fundo. Muitos investidores procuram saber qual é a melhor opção e a verdade é que não existe uma reposta correcta a essa questão. Tudo depende das suas reais necessidades e objectivos a longo prazo. Por isso, a melhor forma de ficar esclarecido entre os seguros PPR e os fundos PPR é perceber no que consiste um e outro e quais as suas diferenças substanciais.


Comecemos então pelos seguros. Estes podem ter ou não o capital garantido e, quando o têm, podem oferecer um rendimento mínimo tanto fixo como variável. Este é calculado de acordo com a taxa Euribor do ano civil transacto, o que permite acompanhar as taxas de juro do mercado. Além disso, os seguros PPR têm comissões relativamente altas, principalmente quando comparados com os fundos PPR, que podem ir até quase 3,0 por cento.


Passemos agora para os fundos PPR. Estes são instrumentos financeiros que investem no mercado de acções e, como tal, nunca podem garantir um capital mínimo. Significa que, em comparação com os seguros PPR, têm riscos associados mais elevados, mas com uma maior capacidade de rentabilização, especialmente num período de longo prazo. Por exemplo, um fundo PPR pode gerar mais de 2 por cento de mais-valias num só ano, o que são números impressionantes.


Benefícios fiscais PPR.


A grande vantagem dos PPR são, sem sombra de dúvidas, os benefícios fiscais , benefícios esses que valem tanto à entrada como à saída. Quer isto dizer que tem estes benefícios pelas entregas que faz, mas também no momento do resgate .


No que concerne às entregas, estas podem permitir a dedução à coleta de 20% do valor aplicado, mas com alguns limites, obviamente:


400 euros para pessoas até 34 anos (para o benefício máximo, deverá ter entregue 2.000 euros) 350 euros para pessoas entre os 35 e os 50 anos (para o benefício máximo, deverá ter entregue um investimento máximo de 1.750 euros) 300 euros para pessoas com mais de 50 anos ( uma entrega de 1.500 euros proporciona o benefício máximo)


A soma das duas deduções à coleta , nomeadamente despesas de saúde, educação e formação, habitação ou lares e até pensão de alimentos, incluindo o benefício fiscal , não poderá exceder os limites definidos anualmente, limites esses estabelecidos em função do escalão de rendimento coletável .


Saiba que quando quiser fazer o resgate do seu PPR , a taxa de imposto é reduzida, variando consoante o prazo de aplicação e de o resgate ser feito dentro ou fora dos limites da lei.


Assim, tenha presente as seguintes taxas:


até ao quinto ano de vigência do contrato, a taxa é de 21,5%; entre o quinto e o oitavo, 17,2% após o oitavo ano, a taxa é de 8,6%


Importa ressalvar que o imposto só é retido aquando do resgate pelo que lhe é permitido a capitalização dos juros e ganhos até ao momento em que decide levantar o valor que aplicou.


A principal desvantagem está mesmo na restrição de liquidez quando o resgate é feito fora das condições previstas na lei. Se não cumprir, terá que devolver os benefícios fiscais que recebeu, mais 10% por cada ano decorrido. Por isso, sugerimos que não declare no seu IRS as entregas que efetua. Atenção que as mesmas podem surgir na declaração automática! Basta que as retire.


Encargos de um PPR.


Normalmente, os PPR apresentam três tipos de comissões associadas : a de subscrição , gestão e depósito e, finalmente a de resgate . Todas elas variam de produto para produto. Saiba que existem planos que cobram 5 por cento de comissão de subscrição. Assim, recomendamos que escolha um produto com uma estrutura de encargos pouco pesada.


PPR: vantagens e desvantagens.


É fácil perceber que o principal benefício em subscrever um PPR passa pela rentabilização das poupanças, que podem vir a funcionar como um importante e seguro fundo de emergência até mesmo ainda antes do período da reforma. É que em períodos de emergência como casos de desemprego ou doença súbita, os valores do PPR podem ser resgatados sem qualquer prejuízo.


Incentivos à compra – Uma dedução fiscal em sede de IRS mas que tem limites e condições restritivas;


A outra grande vantagem deste instrumento financeiro são as suas vantagens fiscais . É que o PPR tem uma dedução ficar de 20 por cento em sede de IRS (art. 21.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais).; o que sinfónica que, por cada 100 euros investidos, terá direito a um reembolso de mais 20 euros. Não quer dizer que todos os PPR sejam sempre assim, mas falamos em média. Finalmente, mas não menos importante, o PPR funciona ainda como um estímulo à poupança, já que a promessa de uma reforma dourada leva a que, quanto mais poupar, mais receba quando chegar a essa altura.


A dedução é individual, quer o investidor seja solteiro ou casado. Apenas podem beneficiar desta dedução os residentes em território português que ainda não se tenham reformado.


A dedução dos montantes investidos em PPR tem limites .


Benefícios na venda – Se resgatar o seu PPR dentro dos critérios legais terá uma taxa de imposto sobre os lucros muito mais vantajosa do que nos restantes produtos de aforro.


Para que a taxa de tributação dos ganhos do PPR seja baixa (8% de taxa efetiva de IRS) é necessário que o reembolso ocorra nas seguintes situações:


Desemprego longa duração (próprio ou familiar); Incapacidade permanente (próprio ou familiar); Doença grave (próprio ou familiar); Utilização para pagamento de crédito habitação garantido por hipoteca; Morte.


Obviamente que investir num PPR também tem algumas desvantagens, até porque não falamos de uma ciência exacta e, como tal, existem sempre riscos associados. Isso começa logo pela natureza do próprio PPR, já que, no momento da subscrição, terá que optar por um de capital e taxa fixos ou um de capital e taxa flexíveis. O primeiro tem riscos mais baixos e, consequentemente, juros inferiores; o segundo tem riscos mais elevados, mas em contrapartida a possibilidade de rentabilizar mais o seu dinheiro.


Como escolher um PPR?


Encontre o PPR mais adequado ao seu perfil de risco. Normalmente os fundos PPR não oferecem garantia de capital por isso encontre o PPR mais adequado ao seu perfil de risco. Porém, deve lembrar-se que uma maior exposição ao risco pode trazer um maior retorno – embora também possam surgir maiores perdas, especialmente em anos de crise para a economia.


O truque passa por encontrar o equilíbrio entre mitigar os riscos e as perdas possíveis associados, e em maximizar as poupanças investidas. Investir mais não significa necessariamente ganhar mais. O fundamental é, em contrapartida, adoptar uma postura séria, sensata e razoável no momento do investimento e escolher com ponderação, de forma a que as vantagens se sobreponham às desvantagens no final, quando resgatar o seu dinheiro.


Se quer saber mais sobre Plano Poupança Reforma pode ler o nosso artigo: “ Melhores PPR em Portugal “.